sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como falar de Religião sem entrar numa discussão vazia e sem sentido.


Hoje um amigo virtual muito querido no Face me perguntou: -E ai você pensa mesmo? - E isso relacionado a uma discussão sobre religião.
Eu tento não tocar nesse assunto, por que é um assunto muito chato. Porem eu vou tentar ser sucinto.
Primeiro não gosto muito das discussões sobre a existência de Deus ou não, não que, não seja um tema legitimo, mas porque, geralmente ele gira em torno de que Deus é a causa do mal ou a simples referencia a ele através da religião.
E isso não é verdade, primeiro porque se a premissa de que Deus não existe é um fato, logo ele não é a causa dos males, muito menos das benesses.
Logo, é uma discussão que visa apenas enaltecer um determinado grupo em detrimento de outro, ou seja, elevar ao ateísmo como suprema verdade pelos racionalistas de um lado, e os crentes como arautos da verdade de outro.
E é ai que a razão é colocada de lado tanto por um grupo como por outro, dando vazão a muitas paixões, fazendo a discussão ser nula.
Ora não é a supressão da divindade que vai fazer com que a humanidade evolua, e vice e versa.
Nesse caso podem me comparar como o advogado do diabo também por defender o direito dos outros de ter sua fé, e quem me julgar assim se torna igual a muitos religiosos que dão opiniões não solicitadas na vida dos outros, ao invés de seguirem com fé suas crenças, e tentarem somente evangelizar  aqueles se se acham perdidos e sem esperança, aqueles que se julgam lançados fora da sociedade e etc.
Porque? Porque não é culpa da religião o mal na humanidade, nem é culpa dos ateus, nem dos budistas nem dos maçons, nem dos magos ocultos, nem dos magos discretos, nem dos magos de cristo etc.
A culpa do mal na humanidade é dela mesma, ou seja, de cada um, cada um tem culpa de todo o mal na humanidade, cada um é responsável pelo seu mundo melhor, e também pelo seu inferno terrestre.
Por isso que não adianta ficar culpando Divindades ou as Glorificando por que talvez elas tenham mais o que fazer do que ficar prestando atenção as essas bobagens.
Nesse ponto vai ter algum naturalista que vai me dizer que a religião faz isso ou aquilo com o ser humano, e ali outro humanista que vai me apontar “coisas” terríveis que os religiosos fizeram com pessoas inocentes ou não.
Tudo bem, mas é ai que erra os que querem mudar a opinião das pessoas na questão da espiritualidade. Primeiro que um ateu é uma pessoa sem credenciais para se falar de espiritualidade para um espiritualista, crente ou crédulo, segundo que não é atacando as divindades que vai mostrar o quanto uma pessoa pode ser racional, já que a fé não é um raciocínio, mas um sentimento religioso.
Por isso a dica é mostrar o quanto essas pessoas religiosas podem ainda servir mais a sua Divindade, e o quanto elas podem fazer ainda pela paz.
Por que, as religiões em si, procuram a “paz”, pregam o amor ao próximo, e tolerância, e coisas como do tipo: Como se tornar um cidadão. Em suma pregam coisas boas. E é ai o ponto em que eu quero chegar, os crentes em geral são pessoas comuns, como qualquer outra, eu convivi com eles a mais de dez anos e constatei isso de perto. Eles não são super-homens nem mulheres maravilhas, são pessoas como quaisquer outras, e querer esperar delas outra coisa, é irracional.
Como pessoas comuns os crentes mentem, brigam se divorciam, não perdoam, humilham. Sim tudo isso eu vi de perto, naquela época eu esperava delas outra coisa, aquilo que estava na Bíblia, mas o que via era diferente, não via nada daquelas promessas que Deus transformaria os seres humanos em uma nova criatura e assim cada crente convertido seria um ponto de luz no mundo que por fim traria a nova aurora dos Fins dos tempos, e por fim a regeneração completa da humanidade, nada disso. Eles brigavam por cargos, eles passavam a perna nos outros, na empresa se tivessem oportunidade desviavam recursos, traiam suas mulheres e maridos, batiam nos filhos com paus com pregos, odiavam e não amavam, em suma eram pessoas como todas as outras no mundo, e digo isso por que fora da congregação conheci pessoas exatamente iguais, sem por nem tirar, ou seja, ateus, espiritas, budistas, agnósticos, etc.
O erro de quem critica os espiritualistas, crentes, sectários e afins, é que eles esperam exatamente que eles façam o que eles pregam, e isso qualquer pessoa racional sabe que é impossível.
Então o primeiro passo antes de criticar algum crédulo é mostrar pra ele como ele pode fazer ou trazer a paz mundial, como ele pode ser mais tolerante, e amar os diferentes, ao invés de atacar as suas divindades
, que eu presumo não poderem ou quererem se defender, deixando aos sectários essa função.
Então antes de sair por ai ofendendo a religião ou fé de alguém procure se aprofundar mais no que aquela pessoa crer, e pergunte se é possível aplicar no cotidiano, assim cada um estará contribuindo para um mundo melhor. 

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